Economia eleva previsão para IPCA de 2022, de 6,55% para 7,90%

Brasília, 19 (AE) – O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 6,55% para 7,90%. Para 2023, a estimativa subiu de 3,25% para 3,60%.

Todas as expectativas para a inflação em 2022 estão bem acima do centro da meta deste ano, de 3,50%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo (índice de 2,00% a 5,00%). No caso de 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 p.p. (1,75% a 4,75%).

O Ministério da Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 6,70% para 8,10%. Para 2023, a projeção é de 3,70%.

Já a estimativa da Economia para a alta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2022 passou de 10,01% para 11,41%. Para o próximo ano, a expectativa é de 4,57%.

“Está faltando manteiga na Holanda, tem gente brigando na fila da gasolina no interior da Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40 anos e vai ter dois dígitos já já. Eles estão indo para o inferno. Nós já saímos do inferno, conhecemos o caminho e sabemos como se sai rápido do fundo do poço”, declarou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento da Arko Advice e Traders Club, nessa quinta-feira (19).

PIB

Paulo Guedes afirmou ainda que surpresas positivas ao longo do de 2022 podem impulsionar o crescimento econômico, estimado em 1,5% pela Secretaria de Política Econômica (SPE). O governo manteria inalterada a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo Guedes, os dados sobre o nível de atividade confirmam as expectativas do governo de que o Brasil continua em recuperação. “As previsões de crescimento do mercado estão sendo revistas e convergindo para a nossa expectativa de 1,5%. Ainda acho que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano”, disse.

O ministro também afirmou que o desempenho fiscal do País é forte e melhor do que o registrado pelos demais países. “O Brasil está com desempenho fiscal muito forte e melhor do que todos os países lá de fora. A Federação brasileira se recupera, todos juntos”, comentou. O secretário de Política Econômica do ME, Pedro Calhman, afirmou que a expansão do setor de serviços reforça as apostas do governo de que o PIB terá um crescimento de 1,5% em 2022. Segundo ele, os investimentos também devem impulsionar a geração de riquezas no país. “O crescimento do setor de serviços é um dos fatores que impulsionam crescimento econômico”, disse, complementando que o setor tem possibilitado a ampliação dos postos de trabalho, proporcionando tempestiva redução da taxa de desemprego.

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