Com US$ 89 milhões e 118 mil toneladas, a safra de exportação de melões de agosto de 2023 a janeiro deste ano está 10% maior em valor na comparação com o mesmo período da safra anterior no Rio Grande do Norte. É o que aponta o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (CIN-FIERN), a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Os embarques de melancias chegam a US$ 43 milhões e 69 mil toneladas, um crescimento em valor de 8,9% em relação à safra anterior.
Apenas em janeiro, as exportações totais do Rio Grande do Norte somaram US$ 70,8 milhões, sendo 6,8% menores que em janeiro de 2023 e 17% menores do que em dezembro do mesmo ano, mostram os dados. Óleos combustíveis (-11,6%), melões (-18,7%), açúcar (sem ocorrência em janeiro de 2023), melancias (-23%) e tecidos de algodão (18%) foram os produtos com maiores valores exportados no período.
O óleo combustível e açúcar tiveram como destino, respectivamente, o Panamá e a Costa do Marfim. Destinos estes anteriormente irrelevantes, foram os principais mercados dos produtos do RN, seguidos de Países Baixos, Reino Unido, Estados Unidos e Espanha.
Já as importações em janeiro deste ano foram de US$ 57 milhões, 175% acima dos valores importados no mesmo mês de 2022. Equipamentos para geração de energia eólica, gasolina, óleo diesel e trigo foram os principais produtos importados no período. China, Países Baixos, Estados Unidos, Argentina e Uruguai foram as principais origens das importações neste início de ano.
Com esse aumento expressivo nas importações, mesmo com queda nas exportações, a corrente de comércio cresceu 32% em janeiro, complementam os números apresentados pelo CIN.
No ano passado, a Balança Comercial do Rio Grande do Norte fechou com um superávit de US$ 93,5 milhões. Esse resultado decorre do envio de US$ 781,4 milhões em mercadorias para o exterior no período de janeiro a dezembro deste ano. As exportações cresceram 6,1% no comparativo com o ano de 2022, cerca de US$ 44,7 milhões a mais de itens exportados. Já as importações somaram US$ 687,9 milhões e cresceram 58%, com acréscimo de US$ 252 milhões em produtos importados, segundo dados da Secex/Mdic.
Balanço nacional
Em janeiro de 2024, as exportações brasileiras somaram US$ 27,02 bilhões, um crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações tiveram queda de 0,1%, atingindo US$ 20,49 bilhões. Os números resultaram em um superávit comercial de US$ 6,53 bilhões no mês. O saldo da balança representa um salto de 185,6% em relação a janeiro de 2023. A corrente de comércio somou US$ 47,5 bilhões, com crescimento de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Foram contabilizados os maiores valores históricos para meses de janeiro para a exportação, saldo comercial e corrente de comércio.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento da indústria extrativa (53,3%, atingindo US$ 8,16 bilhões), com destaque para minérios de cobre e seus concentrados (100,9%), minério de ferro e seus concentrados (56,9%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (53,4%). Na agropecuária (21% de aumento, totalizando US$ 4,29 bilhões), os destaques foram soja (191,1%), algodão bruto (106,5%) e café não torrado (aumento de 17,9%).
Na indústria da transformação (4,6% de aumento, alcançando US$ 14,45 bilhões) os maiores crescimentos foram em relação à exportação de açúcares e melaços (88,5%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (30,7%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (20,6%).
O maior crescimento das importações se deu na indústria de transformação (aumento de 2,4%, alcançando US$ 18,66 bilhões), enquanto a maior queda ocorreu na indústria extrativa (-27,6%, somando US$ 1,19 bilhão). No setor agropecuário, houve crescimento de 1,5% (US$ 0,51 bilhão). A combinação destes resultados motivou a queda das importações.
Em relação aos principais parceiros comerciais, destaca-se o crescimento das exportações para China, Hong Kong e Macau (53,1%) e para os Estados Unidos (26,8%). Cresceram também as vendas para África (27,5%) e o Oriente Médio (42,5%). Em relação às importações, houve crescimento de 11,2% da China, Hong Kong e Macau, e de 1,8% dos Estados Unidos. Houve queda das aquisições de produtos argentinos (- 3,2%) e da União Europeia (-1,4%).
Rio Grande do Norte
Exportações e importações Janeiro – 2024 x 2023
Exportações
2024: US$ 70,9 milhões
2023: US$ 76,0 milhões
6,8% de redução
Importações
2024: US$ 57,5 milhões
2023: US$ 20,9 milhões
175,11% de crescimento
Corrente de comércio
2024: US$ 128,0 milhões
2023: US$ 96,9 milhões
32,5% de crescimento
Saldo
2024: US$ 13,3 milhões
2023: US$ 55,1 milhões
– 75,86% de crescimento
Principais produtos exportados pelo RN em 2022
Óleos combustíveis de petróleo: 30% de participação = US$ 21,5 milhões (-12%)
Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas: 34% de participação = US$ 24,2 milhões (-16%)
Açúcares e melaços: 16% de participação = US$ 11,2 milhões (+15%)
Principais produtos importados pelo RN em 2022
Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos): 36% de participação = US$ 20,5 milhões (310.938,7%)
Geradores elétricos giratórios e suas partes: 31% de participação = US$ 17,8 milhões (+ 80,895,7%)
Trigo e centeio, não moídos: 7,7% de participação = US$ 4,43 milhões (-20,3%)
Fonte: Comexstat/mdic.gov.br