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Henrique nega saída do MDB; cinco partidos tentam atrair ex-deputado

O ex-deputado federal e ex-ministro Henrique Eduardo Alves negou que já tenha decidido pela sua saída do MDB, partido  partido ao qual está filiado desde 1970. O emedebista, no entanto, já recebeu convite para ingressar em cinco partidos para concorrer às eleições de 2022. À TRIBUNA DO NORTE, o ex-parlamentar disse que vai aguardar até às vésperas do último dia do prazo – 1º de abril – permitido para novas filiações ou migrações partidárias, uma definição do MDB, sobre a composição da chapa proporcional e sua inclusão nesta lista, a fim de anunciar se tenta ou não o 12º mandato de deputado federal.

Henrique Eduardo Alves disse que foi convidado por lideranças nacionais e estaduais para se filiar ao Cidadania, Republicanos, Avante, PSB e PL, embora não cogitasse sair do MDB, partido que em 51 anos e com apenas 21 anos de idade, começou “com muitos companheiros, fazer um grande MDB, uma casa fraterna, democrática, respeitosa e respeitada no Brasil”.

Henrique Eduardo disse que foi no MDB, que “a vida me ensinou a ver a política sem ódio e sem medo”, numa alusão ao falecido pai Aluízio Alves. Porém, lamenta as dificuldades políticas que vem passando hoje no partido “depois de presidir o MDB por mais de dez anos no Rio Grande do Norte e 11 mandatos consecutivos que me foi dado pelo povo do RN e, ainda, ter sido seu líder nacional por seis anos consecutivos, por aclamação todos eles, e de ter presidido a Câmara Federal, representando um estado que tinha a menor bancada – oito deputados, e buscar a vitória dentre 513 parlamentares.”

Henrique espera pelo reconhecimento do seu partido, que o fez ministro do Turismo duas vezes – nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer: “Tudo isso eu pude ser, graças a Deus, com a bandeira do Rio Grande do Norte e do MDB nas minhas mãos, essa é a minha vida, é a minha história, que os ‘bacuraus’ sempre estavam comigo e ao meu lado”.

Agora, Henrique diz que vê um MDB, que “nem sequer tem a gentileza, de me informar a nominata (chapa de nove nomes) que está sendo construída para a eleição da Câmara dos Deputados”.

A direção estadual do partido, revela Henrique, não tem qualquer contato com ele, “e até já me revelou dificuldades absurdas de não ter legenda para eu me candidatar a deputado federal”.

O ex-ministro Henrique Eduardo também avaliou o posicionamento do MDB em relação ao atual quadro político no Estado: “Leio e apenas por leitura, que o MDB ora pretendia ter o vice na chapa da governadora Fátima Bezerra (PT), agora o vice é de oposição à governadora”.

Para Henrique, “o MDB não é isso, não é assim, ora ali, ora acolá, tem toda uma linda luta pela democracia, pelo respeito aos adversários num clima de fraternidade e legítimo respeito”.

Henrique também declarou que  “está vendo um MDB muito estranho, conflitivo com toda a sua história de caráter, coerência e  respeito”, no  entanto, “por boa fé e inspiração que sempre tive, estou praticando o verbo ‘esperançar’ e até o último dos prazos partidários, procurar entender porque esse MDB não me quer”.

Henrique Eduardo Alves até agradece, por antecipação, os convites de cinco partidos, “porque todos me conhecem, Henrique das lutas, de mãos limpas, de cabeça erguida, que sempre fui para o Brasil e para o Rio Grande do Norte”.

O ex-deputado disse que “é muito dolorido” para ele, o momento atual dentro do MDB, partido que “ajudou a construir, desde o chão, tijolo, teto, pisos, portas e janelas têm as marcas das minhas mãos”. E concluiu: “Por isso, a minha extrema paciência e entrego a Deus as luzes do meu caminho”.

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