O deputado José Dias (PSDB) considera que tem “discordâncias fundamentais” com o líder do governo Estado, deputado Francisco do PT, “apesar do diálogo respeitoso, civilizado e educado”, em relação a liberação das emendas parlamentares, que são obrigatórias.
Primeiro, segundo José Dias, o parlamentar petista relata que as emendas liberadas no Carnaval de 2024 são de responsabilidade do governo, mas contesta, porque “a prioridade da liberação está dependendo do governo, que libera ao seu bel arbítrio, faz como quer”.
José Dias sugeriu que “pra que isso fosse verdade”, o governo apresentasse um calendário para a liberação dos recursos a municípios e instituições beneficiadas, estipulando um certo valor de acordo com o volume emendas a que cada parlamentar tem direito em determinados meses: “Ai quem quisesse estabelecesse as suas prioridades, mas não foi feito, foi feito casualmente, pinçado”.
Dias criticou o governo por liberar emendas pra eventos no Carnaval, “porque se não fosse naquela época, não tinha mais sentido”, enquanto aquelas destinadas a ações de saúde, por exemplo, continuam sem liberação.
“O meu argumento é muito simples, se eu tenho emendas pra saúde, é porque as pessoas estão doentes, algumas já com riscos de vida e se forem liberadas depois não adianta, porque as pessoas já morreram, o que acho que é bem grave, porque ai não tem solução”.
Para Dias, o Carnaval é uma festa popular, “não sou contra, já brinquei Carnaval, mas com seu dinheiro “ninguém brinca e com dinheiro público indicado por mim, muito menos”.
Por essa razão, Dias critica a falta de recursos para a saúde, citando noticia da TRIBUNA DO NORTE da quarta-feira (13), a respeito de uma decisão judicial determinando que o governo execute as obras de reforma da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), mantida pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap), depois de ação movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). O prazo para conclusão do serviço é de 120 dias. “Câdê o canteiro de obras, é um canteiro invisível, secreto, a Unicat tem um sentido social e humano fundamental, não tem medicamento”, ironizou.
José Dias concluiu, dizendo que está “levantando questão da prioridade, desse a todos os deputados o direito de indicar as emendas, igualmente, isso é realmente uma coisa que a gente não pode concordar”.