O senador em exercício, Flávio Azevedo (PL), criticou a atuação do Governo Lula no Rio Grande do Norte, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal, nesta segunda-feira (14). Ao comentar sobre a vinda do presidente para a campanha de Natália Bonavides (PT) em Natal, o parlamentar afirmou que ele tem sido desatencioso com a governadora Fátima Bezerra (PT) e que não contribuiu em absolutamente nada para a solução dos problemas do Rio Grande do Norte.
“Vamos pinçar as estradas. O problema das estradas poderia ter sido resolvido pelo governo federal, através do Dnit. O Governo do Estado teve que apelar para um empréstimo, difícil, para tapar buraco. Eu me permitiria dizer que a senilidade dele também atrapalha um pouco. Ele não está muito interessado no País neste terceiro mandato. Ele resolveu se transformar numa personalidade internacional, isso é rídiculo. O país precisando dele”, afirmou Flávio Azevedo.
Diante disso, o senador em exercício e empresário acredita que a programação de Lula em Natal não deve interferir no resultado da eleição no segundo turno. “Lula não tem demonstrado para o público do PT a menor consideração para o Rio Grande do Norte”, pontuou.
Apesar da crítica, Flávio Azevedo destacou o carisma do atual presidente da República. Segundo ele, não existiria PT sem Lula, o que considera uma dificuldade para o polo da esquerda em termos de sucessão. “Petistas são muito poucos, tem muitos lulistas”, afirmou.
Na experiência como senador, ele mencionou Jaques Wagner como um político do PT por quem nutre adimiração. Na esfera local, ele destacou a deputada federal Natália Bonavides, que concorre no segundo turno à Prefeitura do Natal. Flávio Azevedo disse que ela é líder e tem carisma, mas falta maturidade.
Por outro lado, ele destacou as qualidades do candidato Paulinho Freire, que considera o favorito para a disputa do próximo dia 27. Tanto local como nacionalmente, um líder tem que ser mais moderado, de acordo com o senador em exercício.
“A forma de ele transmitir as ideias dele gera confiança. É uma pessoa que transmite as coisas que ele pensa de forma coordenada. É uma pessoa que não quer causar impacto nem surpresas, ele quer se voltar para a administração pública. Isso é a mesma coisa que está acontecendo em São Paulo com o Tarcísio. O grande eleitor de São Paulo hoje não é Bolsonaro, é o governador Tarcísio. E uma das características é a firmeza, a tranquilidade que ele passa as ideias que ele tem”, explicou.