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Natal contabiliza prejuízos de R$ 28 milhões com chuvas de julho

Colapso no sistema de drenagem de algumas áreas, afundamento do asfalto, alagamentos e famílias desabrigadas foram algumas das situações provocadas pelas chuvas da semana passada na capital potiguar. E o custo para tanto já está sendo calculado. Por enquanto, a Prefeitura do Natal estima um prejuízo de R$ 28 milhões, entre equipamentos do sistema de drenagem, equipamentos públicos como o camelódromo do Alecrim e a orla de Ponta negra, além da recuperação da Rua Mirassol em Felipe Camarão, onde se abriu uma cratera praticamente engolindo as residências. Os danos se estendem aos equipamentos públicos estaduais que não estão na lista do município, como a Estação de Tratamento da Rota do Sol, onde o Ministério Público identificou que ainda há instabilidade na estrutura.

Nos primeiros 10 dias de julho, Natal registrou o maior volume de chuvas dos últimos 24 anos. Foram 381 mm com 164 só no domingo, dia 3 de julho. A média de precipitações na cidade para o mês é de 245 mm. “Diante dos novos eventos de chuva, continua o monitoramento das áreas, com visitas diárias, fazendo levantamentos e avaliando necessidades, ou não, de mais interdições preventivas. A Guarda Municipal, quando solicitada, acompanha as equipes de trabalho, promovendo a segurança dos servidores e moradores”, informou a Defesa Civil do Município.

Até esta segunda-feira (11), o órgão contabilizava 37 interdições, sendo a maioria, 31dessas, no bairro Felipe Camarão, na zona Oeste. Foi lá, mais precisamente na Rua Mirassol, onde as chuvas que caíram nos primeiros dias do mês abriram uma cratera que pôs em risco as famílias que moram por lá. Desde então, as equipes de engenharia da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) estão trabalhando na contenção do espaço e na recuperação da rede de drenagem. 

Segundo a pasta, após a finalização desta etapa, o trabalho será direcionado para a manutenção do pavimento e substituição dos paralelepípedos.

Em outros pontos da cidade o chão também afundou. Isso se viu no camelódromo do Alecrim, que também foi interditado; na Avenida Salgado Filho, no bairro Tirol, cujo trecho nas proximidades do shopping Midway Mall funcionou temporariamente com apenas uma faixa. Em outras ruas da cidade, o chão também se abriu, como na na avenida Mar do Norte, no bairro Pajuçara, onde uma cratera se abriu de um lado a outro.  Lagoas de captação também foram afetadas.

De acordo com a Defesa Civil do Município, a Seinfra segue realizando a recuperação dos locais afetados. O trabalho de fiscalização de ligações clandestinas na rede de esgotos que está em recuperação é feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), com a Secretaria Municipal de Trânsito Urbano (STTU) apoiando as ações, realizando isolamento do trânsito de veículos e de pessoas nos locais afetados. 

Na última atualização da Prefeitura, 80 pessoas estavam desalojadas e 22 desabrigadas. Nestes casos, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semtas), permanece realizando acompanhamento e o atendimento às famílias afetadas.

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