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RN cria 1.588 empregos formais em abril, após retração em março

O Brasil registrou saldo positivo de 196.966 vagas de trabalho com carteiras assinadas em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nessa segunda-feira (6) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O Rio Grande do Norte contribuiu com a criação de 1.588 postos de trabalho, resultado de 15.732 admissões e 14.144 demissões. O resultado aponta uma recuperação quando comparado ao saldo negativo registrado em abril de 2021 (-1.087) e também em relação a março deste ano, quando houve redução de 1.789 vagas formais. No mês de abril, o Rio Grande do Norte teve um crescimento de 0,36%, abaixo da média do País (0,48%) e também do Nordeste (0,45%). 

No acumulado deste ano, o RN está entre os quatro estados que tiveram retração no número vagas formais, e o RN é o que apresentou a terceira maior taxa negativa no Brasil. Em 2022, o Rio Grande do Norte soma 60.827 empregos criados, contra 62.095 desligamentos, o que resulta em redução de 1.268 postos de trabalho, com variação negativa de 0,29%. O percentual no ano só é melhor do que os de Alagoas (-3,75%), que reduziu 14.105 postos de trabalho, e Pernambuco (-0,54%), que cortou 6.939.  

Do outro lado da “disputa”, Amapá (4,31%), Goiás (3,74%), Roraima (3,52%) e Mato Grosso (3,48%) têm, percentualmente, as melhores marcas do Brasil no acumulado do ano, enquanto Bahia (2,53%), Maranhão (1,73%) e Ceará (1,07%) têm os melhores desempenhos da região Nordeste.

No acumulado dos últimos 12 meses, a situação do Rio Grande do Norte, em comparação aos demais estados do Brasil, é um pouco melhor. A variação positiva é de 6,66%, com saldo de 27.635 pessoas contratadas. A variação é maior do que as do Rio Grande do Sul (5,56%), Paraná (5,68%), Piauí (6,16%), São Paulo (6,42%), Santa Catarina (6,46%), Pernambuco (6,58%). Os melhores acumulados são os do Amapá (11,85%), Acre (10,57%) e Roraima (10,05%).

Áreas

Segundo o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, o grande destaque positivo na recuperação dos empregos no Estado tem sido o setor de Serviços. “Este segmento teve saldo de 1.261 vagas abertas, desempenho superior ao de abril do ano passado, quando foi registrado saldo 232 vagas. Já quando comparado a março deste ano, cujo desempenho foi de -166 vagas, a recuperação é ainda maior, com a diferença de quase 1.100 empregos”, detalhou.   

No setor de serviços o destaque foi para “Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, com 406 postos criados, e Saúde, com 204 vagas a mais. De forma geral, o setor contratou 6.996 pessoas e demitiu 5.735. A Construção Civil também contribuiu bem, com 766 vagas de saldo, resultado de 2.510 admissões e 1.744 desligamentos. Por outro lado, a agropecuária registrou saldo negativo de 639, resultado de 443 contratações e 1.082 demissões.

No caso do Comércio, foi registrado um saldo negativo em abril deste ano, com 81 vagas a menos, consideravelmente melhor do que em abril do ano passado (-434). Nos meses anteriores deste ano, o setor tinha registrado saldos positivos: em fevereiro criou 289 vagas e em março gerou 127. 

Desemprego

O último dado referente ao desemprego do Rio Grande do Norte, do IBGE, apontou que o Estado tem 14,1% da população desocupada, de acordo com os dados do trimestre finalizado em março. O Estado vinha três trimestres seguidos de queda no desemprego. No segundo trimestre de 2021 era 16,3%, passou para 14,7% e fechou o ano com 12,7%. Com isso, o Rio Grande do Norte tem hoje 1,342 milhão de pessoas fora da força de trabalho. 

Esse é o grupo “daquelas pessoas que têm idade para trabalhar, mas não procuram trabalho por motivos geralmente pessoais: uma dona de casa, um pensionista, aposentado, um estudante que só quer começar a trabalhar depois de terminar a faculdade etc”, informou o IBGE. Além destes, também estão aquelas pessoas incapacitadas para o trabalho. No comparativo com o primeiro trimestre de 2021, a taxa de desemprego ficou um ponto percentual acima.

Panorama do Caged

Estatísticas do emprego no mês de abril de 2022

Admissões: 15.732

Desligamentos: 14.144 

Saldo: 1.588 (807 homens; 781 mulheres)

Estoque de empregos em abril: 438.389

Saldo por grande grupamento de atividade econômica

Serviços: 1.261

Construção: 766

Indústria: 281

Comércio: -81%

Agropecuária: -639

Saldo por faixa etária:

Até 17 anos: 82

18 a 24 anos: 924 

25 a 29 anos: 59 

30 a 39 anos: 210 

40 a 49 anos: 272

50 a 64 anos: 43

65 anos ou mais: -2 

Acumulado do ano

Ceará: +12.733 (+1,07%)

Bahia: + 45.492 (+2,53%)

Maranhão: + 9.082 (+1,73%)

Piauí: + 2.892 (+0,96%)

Paraíba: + 14 (0%)

Alagoas: -14.105 (-3,75%) 

Pernambuco: – 6.939 (-0,54%)

RN: – 1.268 (-0,29%)

Sergipe: – 427 (-0,15%)

Fonte: MTE

Brasil acumula 770.593 empregos criados até abril

São Paulo (AE) – No Brasil, o mercado de trabalho formal registrou a criação de 196.966 vagas com carteiras assinadas em abril, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em abril de 2021, houve abertura de 89.538 vagas com carteira assinada. O resultado de abril de 2022 decorreu de 1.854.557 de admissões e de 1.657.591 demissões. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 770.593 vagas.

A abertura líquida de 196.966 vagas de trabalho foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 117.007 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 29.261 vagas. Já a indústria geral criou 26.378 postos com carteira assinada em abril, enquanto houve um saldo de 25.341 contratações na construção civil. Por outro lado, na agropecuária foram fechadas 1.021 vagas no mês.

No quatro mês do ano, 25 das 27 Unidades da Federação registraram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 53.818 postos de trabalho. Em contrapartida, o maior fechamento líquido de postos de trabalhos formais em abril foi registrado em Pernambuco, com saldo negativo de 807 vagas.

Salário médio O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.906,54 em abril, um crescimento real de R$ 15 ante março ( R$ 1.891,54), segundo o Caged.

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