Por Marcel de Lima*
A cidade de São Rafael tem vivido dias bastante agitados ultimamente. São inúmeras as mudanças e composições entre políticos, paridos e suas lideranças na cidade “Atlântida do Sertão”, todas, visando o pleito eleitoral desse ano. O município vem respirando política 24 horas.
O atual prefeito Reno Marinho (MDB) reeleito em 2020, por força de lei eleitoral não poderá disputar o pleito desse ano, fato necessário para abrir uma série de disputas internas dentro do próprio grupo. Pelo menos três nomes desejavam obter o apoio de Reno Marinho. O vice prefeito Carlos Magno, os secretários Luiz Henrique e Rosana Santos. Todos disputavam “receber a benção” do atual prefeito para disputar eleição ao governo municipal.
Com a sequência de embates internos, alguns nomes perceberam que não eram dignos de receber o apoio do atual gestor, fato que levou vários liderados a anunciarem rompimento com o atual governo.
Um dos primeiros nomes a anunciar rompimento com o atual governo foi o vice prefeito Carlos Magno(Maguinho) que já vinha se articulando internamente desde as eleições de 2022, Maguinho por ser vice do prefeito Reno Marinho, acreditava que receberia dele o apoio para disputar o cargo, fato que não vingou. Reno ainda tomaria o comando local do MDB, partido que o grupo familiar-político de Maguinho comandava havia vários anos.
Percebendo o grau de comprometimento de Reno em fazer eleito alguém de sua estrita confiança, o secretário Luiz Henrique, a também secretária Rosana Santos decidiu abandonar o grupo, percebeu que não teria chance e levou consigo o também secretário Jackson Douglas, indicação política do seio familiar.
Reno percebe que começa a perder forças, a desidratar o seu projeto, porém, nada que não preocupe tanto nesse momento se não fosse o fôlego que está dando para a gestação de um grupo forte que promete dividir a polarização política do município que já dura anos com os ex-prefeitos Ribinha, pai de Reno Marinho e José de Arimatéia. Este último pretende disputar novamente as eleições desse ano.
A terceira via viria a se fortalecer com os nomes do atual vice-prefeito Maguinho, dos agora ex-secretários Rosana Santos e Jackson Douglas além do ex-vice prefeito e atual vereador Cesário Davi.
O fato principal é que estamos no início das discussões para formação de composições que decidiram quem será candidato e que vai “puxar-esteira”, ou seja, protagonista e coadjuvante. No jogo político, as vezes as vaidades falam mais alto. Todos estão conversado com todos, inclusive ex-opositores, que estiveram em lados opostos nas eleições de 2020.
O ex-prefeito José de Arimatéia é um nome de grande potencial político, gestor por dois mandatos e que ao seu lado teve o vereador Cesário Davi como vice. Arimatéia hoje concorreria com o apoio do governo do estado e do deputado estadual George Soares, um dos líderes do governo na Assembléia e que possui muita influência na política de São Rafael, enquanto a ex-secretária Rosana Santos, é liderada de George Soares.
Para alguns, essa “árvore geneológica” já explicaria muita coisa, inclusive quem está no jogo para a disputa e quem poderia estar por estar e ao lado de quem.
Se o cenário atual se confirmar, teremos três candidatos, cada um com uma representação a nível regional. Arimatéia com o apoio de Fátima Bezerra, Carlos Magnos tem o apoio do Republicanos, seu partido, comandado pelo prefeito de Natal Álvaro Dias enquanto Luiz Henrique, provável candidato governista, o apoio do MDB do vice governador Walter Alves.
Que comecem os jogos, ou melhor a disputa eleitoral.