A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A avaliação do mercado era de que a taxa ficasse em 11,4%. Trata-se da menor taxa para um trimestre encerrado em fevereiro desde 2016. O número representa variação de 0,4 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (11,6%).
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,6%. No trimestre encerrado em janeiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.511,00 no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado representa queda de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 234,104 bilhões no trimestre até fevereiro, queda de 0,2% ante igual período do ano anterior.
O País alcançou uma taxa de informalidade de 40,2% no mercado de trabalho no trimestre até fevereiro de 2022. O mercado de trabalho registrou 38,326 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
Em um trimestre, houve uma redução de 252 mil pessoas atuando como trabalhadores informais.
“A queda do (trabalho por) conta própria foi decisiva para a diminuição na população ocupada informal. A queda do conta própria, que é parcela significativa do setor informal, fez com que a população informal recuasse”, apontou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O contingente de trabalhadores por conta própria atuando na informalidade, ou seja, sem CNPJ, encolheu em 354 mil pessoas em apenas um trimestre.
Subutilização
No trimestre terminado em fevereiro, faltou trabalho para 27,251 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 25,0% no trimestre até novembro de 2021 para 23,5% no trimestre até fevereiro. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até fevereiro de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,2%. A população subutilizada caiu 6,3% ante o trimestre até novembro, 1,843 milhões de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2021, houve um recuo de 17,8%, menos 5,899 milhões de pessoas.
Horas trabalhadas
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,0% no trimestre até fevereiro de 2022, ante 8,0% no trimestre até novembro de 2021. Em todo o Brasil, há 6,634 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até novembro para o trimestre até fevereiro, houve um recuo de 944 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 294 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.