Ciente do problema, o pré-candidato desmarcou compromissos que teria no Rio no início da semana que vem e decidiu ir a Brasília, onde vai se reunir com o ex-presidente. Na quarta-feira, ele vai prestar depoimento à PF.
Conforme noticiou a colunista Bela Megale, do GLOBO, Bolsonaro ficou “furioso” com a existência do áudio e ficou incrédulo com o fato de um diretor da agência gravar o presidente da República. Na ocasião, segundo a investigação, falou-se em formas de minar a investigação sobre as supostas “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, conduzida à época pelo Ministério Público do Rio a partir de dados enviados pela Receita Federal.
A confiança de Bolsonaro em Ramagem, delegado da PF e segurança do então presidenciável depois da facada que levou na eleição de 2018, foi algo basilar para a escolha dele como representante do PL na eleição carioca — na qual o deputado federal registra apenas 7%, segundo a pesquisa Datafolha da semana passada, e vê o prefeito Eduardo Paes (PSD) pontuar confortáveis 53%. O nome entrou em cena depois de Flávio ser vetado pelo pai e de o general Walter Braga Netto ficar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.